segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Por hoje, dorme bem também

Momento engraçado este. 

Sinto que o meu coração está em parte em Londres. Contigo, M. 
E esta merda não faz muito sentido, se vamos ser sinceros. 

Este encontro em Lisboa que deveria ter servido para te tirar do meu sistema (outra ideia de merda - como tenho tantas...), sinto que teve o efeito contrário. 
Sinto que isto está a poucos passos de se tornar sistema. Estes encontros em quartos de hotel. Enebriados um do outro, e um no outro. Foder, fazer amor, amar-te. 

Um encontro. Esta dicotomia fodida da nossa relação - o significar tudo e o não significar nada. 

Voltamos aos mais de dois mil quilometros que nos separam. Tu não vais voltar tão cedo da mesma maneira que eu não conto ir para aí. O lógico seria afastarmo-nos, juntar a distância emocional à física. 
Mas na verdade não nos largamos. Há sempre uma desculpa qualquer. E esta merda não é saudável. 

E eu estou aqui a apagar e a rescrever o quanto tu me fazes sentido. Quando estamos juntos é tal e qual o que deve ser. It's movie like. Mas apago o que escrevo exatamente por saber que eu preciso de te tirar da minha vida. Tens o poder de me deixar pendurada em falsas esperanças e tenho medo de sair disto tarde de mais. 

Por hoje, dorme bem também.




domingo, 26 de janeiro de 2020

Everything changes?

A última vez que aqui escrevi aqui, a sério, foi exactamente há 4 anos - em 2016. 

É quase irónico que tenha reparado nisso - porque vim aqui parar por acaso e já não me lembrava deste meu canto e refúgio. Escrever sempre foi um escape para mim e não sei porquê (hei de lá chegar) foi um hábito que fui perdendo.

A montanha russa que foi a minha vida nos últimos anos - ou como é todos. Acho que estes altos e baixos vão existir para sempre, porque não sei viver as coisas de outra maneira que não com intensidade mas realidade é que aprendi a amar a calma também. 

Ler o passado, embora de alguma maneira me faça reviver um pouco, dá-me uma sensação de paz por saber o caminho que fiz até aqui.

Vamos dar mais uns passos. 


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

À segunda-feira nós vamos ao cinema.

À segunda-feira nós vamos ao cinema.
Às vezes pelo filme
outras pelas pipocas
e outras só para te ver no escuro.

À segunda-feira nós vamos ao cinema
mesmo quando estamos zangados
mesmo quando te amo
um bocadinho menos

São 5h da manhã,
e estou acordada outra vez.
A pensar em tudo o que fiz
de errado, de certo.

Nunca ninguém me disse
que o amor podia vir assim
sem respostas
sem esperança

O que é que tu queres?

À segunda-feira nós vamos ao cinema.
Hoje foi segunda.
E tu hoje vieste buscar-me.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

300 and some days after...

Tem graça que nunca mais tenha escrito aqui. Se calhar porque tudo o que se tem passado é uma repitação das últimas dores que aqui deixei. Então porque nada mudou?

Porque eu também não.
Não contigo.

Não consigo deixar de acreditar que gostas de mim. Não consigo deixar de acreditar que um mundo onde o 'Nós' existe, forte e saudável, e onde temos 1+1=3. Onde tu confias em mim, porque já te dei mais que provas que o podes fazer, e onde eu posso voltar-te a dar a minha confiança porque me dás a tua palavra, ela conta de novo, e eu acredito. Não consigo deixar de acreditar que não sentes a mesma paz que eu sinto, quando estamos bem e felizes.  Não consigo deixar de acreditar que fazemos bem um ao outro, quando queremos. Quando estamos focados nas nossas vidas, lado a lado, e quando um falha, o outro está lá...

Ultimamente parece que só eu é que estou para ti. Tu tens me falhado constantemente. Nem que seja numa explicação ou numa conversa sincera. Estou constantemente à espera de uma dúzia de palavras tuas que me abra as portas e que me "deixe sair". Seja lá para que caminho for. Quer te inclua ou não.

Estou deitada há horas a pensar em ti...
E tu nem a sonhar comigo estás.


Não esperava que nada disto fizesse sentido.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

"Hoje estou feliz porque sonhei com você. E amanhã posso chorar por não poder te ver mais..."

Na minha vida nem tudo acontece, mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce. Hoje estou feliz porque eu sonhei com você. E amanhã posso chorar por não poder te ver mais....

O seu sorriso vale mais que um diamante. Se você vier comigo, aí nóis vamo adiante. Com a cabeça erguida e mantendo a fé em Deus, o seu dia mais feliz vai ser o mesmo que o meu!

A vida me ensinou a nunca desistir, nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir. Podem tirar tudo que tenho, só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo. E eu sou feliz e canto, o universo é uma canção e eu vou que vou..
(...)

Oh, minha gata, morada dos meus sonhos, todo dia, se eu pudesse, eu ia estar com você. Eu já te via muito antes nos meus sonhos,eu procurei a vida inteira por alguém como você...Por isso eu canto minha vida com orgulho. Com melodia, alegria e barulho. Eu sou feliz e rodo pelo mundo. Sou correria, mas também sou vagabundo Mas hoje dou valor de verdade pra minha saúde e pra minha liberdade......Que bom te encontrar nessa cidade esse brilho intenso me lembra você!

(...)

 Hoje estou feliz, acordei com o pé direito. E eu vou fazer de novo. E vou fazer muito bem feito!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

'Parece que ficas para saber a falta que tu me fazes'

Amor:

"Nesta curva tão terna e lancinante que vai ser, que já é, o teu desaparecimento, digo-te adeus. E como um adolescente: Tropeço de ternura, por ti...."


 

"Escondeste o passado e o futuro fugiu com o que existe entre nós
Após, o muro quebrado quebraste o laço que existe no pós
(São) por nos que a vida afronta
(Eu) tenho de pagar a conta
Juro, amar na amargura quando a loucura encontra
Forma de marcar presença, com gente sem consciência
Consistência perdida, a boca dispensa, o coração não pensa
Sentença pesada, há quem o diga
Marca, navega na vaga da vida
Amor quando tiveres de partida 
Diz-me só quem te guia

Como gostaria de explicar agora o que na altura não sabia
Poder voltar atrás, mas manter a cabeça fria
Adormecer contigo minha maior alegria
Ai como eu te queria
Como seria não termos deixado ser levado pelo vento
Juntos enfrentarmos a erosão que trás o tempo
Juntos conduzirmos pra vida o nosso rebento, é o meu lamento

(...)

Parece que ficas para saber a falta que tu me fazes
Troçar da forma como eu tentei decorar os espaços
Guardar o tempo dentro de uma caixa de sapatos
Com o intuito de voltar atrás sempre que os tiver calçados
Sabes, solas de nuvens não dão para escombros
Traz-me de volta os teus braços, arranhei os ombros 
Faz-me sentir esse teu mais que tudo e todos 
Com o rasto dos teus passos são quando me afasto dos sonhos

Por vezes faço por esses lados
Onde mindinhos dados juramos ver-nos tornados velhinhos contra tornados,
Remoinhos e tempestades, com filhos criados vida de baixos e altos
Saltando de palcos em palcos
Cruzar veredas com a verdade das varizes
Amar até tornar fútil kits de rímel e vernizes
Acredita, pensei mesmo que te iria ver
Onde a nossa varanda teria a vista mais bonita pro douro"


(Querido V., Como gostaria de te dizer tudo o que aqui está... Fazes-me falta)

domingo, 18 de janeiro de 2015

Sobre noites difíceis

A maioria das vezes que ele sai à noite, eu fico com um aperto no peito. De me sentir sozinha, de me sentir trocada, de não entender a necessidade de fazer noitadas duas e três vezes por semana.

Houve uma altura em que eu achava piada a isso. Mas achava piada porque não havia qualquer tipo de exclusividade entre nós e, embora me preocupasse, o meu nível de envolvimento era mínimo. A probabilidade de sair magoada era quase inexistente. Naquela altura para mim "como ele existiam muitos". 

Mas o tempo passa, e com ele conhecemos o outro. Os hábitos, os jeitos, os sorrisos, as manhas e as birras. Aprendemos a amar os defeitos, mais do que as qualidades até (Soa meio doente, não é?). Conhecemos e partilhamos gostos e interesses. Revelamos sonhos. Tornamo-nos transparentes nos momentos mais íntimos. E com o tempo percebemos também que "como ele não existem muitos".

Acho que como qualquer pessoa que ama alguém a sério, morro de medo de ser "trocada". E quando estas noites trazem meias verdades, omissões e histórias mal contadas... O meu coração enche-se de dúvidas. Será que isto é o melhor para mim? Ficar acordada a noite toda preocupada, com tanto a passar-se na minha vida. Será que não estou a exagerar? Ou será que ele merece mesmo a minha confiança?

E cá dentro forma-se o meu bicho grande mau e feio. Que diz que "gostar só não chega". Que está na hora de desistir. Que "como ele existem muitos". 

Mas não há.


.... E afinal quem é que eu amo mais? Ele ou eu?..

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

(...) Memórias 1

"À distância segues o meu balanço, sei que o meu olhar te afugenta, te queima, por isso nem nestas alturas me olhas nos olhos. A vontade de ter jogos existe, mas é proibida. Todo o meu ser te é proibido, perigoso. Sozinho comigo, sabes que tudo muda. Dá-me cinco minutos.

A roupa escorrega, liberta-se do corpo, mas nem assim parece ser suficiente. Sabes que queres mais, queres tudo, os teus olhos suplicam que revele, mas a tua boca nega, relembra regras, inventa distrações. Amor, não importa, vais cair aqui mais cedo ou mais tarde, dá-me só cinco minutos.

As tuas mãos desenham-me as formas. Imóvel, congelada. Não penso em nada e estremeço a cada gesto teu. Entraste no meu mundo. Mundo distante e imaginário, que poucas vezes se torna real. Desejos que se materializam na nossa carne, neste quarto que nos serve de esconderijo. E ninguém precisa de saber que as nossas mãos se entrelaçam, que o meu peito toca o teu. Retrais-te, sabes que isso não pode vir a acontecer. Eu também sei, mas acalmo-te. Ninguém sabe, dá-me cinco minutos, não penses.

Esta sede que o teu corpo me dá, que me enlouquece. Resistes com forças em ti que desconheço, não te perdes em curvas, lábios carnudos ou no toque. Deixa de ser racional, meu bem, faz com que a barreira invisível entre nós desapareça, perde-te no tempo, perde-te durante cinco minutos.

Deixa que o jogo de cores e escuridão, cheiros afrodisíacos, e sabores proibidos te cheguem. Que venha um destino que não podes controlar. Cinco minutos são o suficiente, para eu impregnar-me na tua pele, para te sufocar. É irresistível, involuntário, sobrepõe-se à tua vontade. Deixa-te triste, e feliz. Sentes-te rei sem trono, e o teu ser quer sucumbir perante a divindade de um paraíso terrestre. Tão à tua frente. Tão perto. Tão teu.
A chama arde e não cessa. Mil palavras roçam a tua mente, tentas agarra-las. Já nem pensas bem. Mas sabes que não podes e por isso vais.

Sim amor, cinco minutos bastavam."

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"Poema Melancólico a não sei que 'Homem'"

"Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.

Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão..."

-Miguel Torga

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

About self-love


#Day 11 of 365

Há coisa de 3 anos eu adorava este número. Tinha um significado especial para mim, em parte muito associado ao meu ex-namorado, e entretanto nasceu a minha prima (eu sei que a maioria tem laços familiares fracos, mas não é o nosso e a B. é como se fosse minha irmã mais nova). Então a este dia, estava associada também felicidade absoluta ou tristeza (de quando essa relação acabou e este dia me fazia relembrar das partes boas, embora raras).

Hoje voltei a ter um dia 11 'mau'. Desta vez o pobre coitado não tem nada a ver, mas sim uma criatura que teima em estar na minha vida, quando tudo o que eu quero é distância da sua presença tóxica. 
(É um excelente exemplo de uma ex namorada que nunca conseguiu 'seguir em frente'). 

Às vezes consigo acreditar que ela vai parar de se meter onde não é chamada e vai deixar de ter a necessidade de ser o centro do Mundo. Mas é um desejo quase infantil, porque as pessoas não mudam e, quando tem uma natureza deste tipo, ainda mais difícil é mudar. 

Desta vez, chegamos ao ridículo de uma disputa de um like (que eu não pus mas ela jura que sim). A 2 mil km. E eu é que sou a viciada em redes sociais. Além das coisas idiotas e parvas que ela me tentou dizer como "nunca me vais chegar ao joelho" (boa! Ao menos já passei o calcanhar) ou "um dia serás passado" (toda gente morre por isso calculo que sim), juntando ao "não tens amigos?" (Para quem diz que não se preocupa comigo..), ainda tentou dizer que eu me metia na vida dela (toda uma falta de consciência que dói). 

Na altura fiquei irritada, zangada, possessa. Detesto ser acusada de coisas que não fiz e detesto ainda mais confusões com pessoas cujo poder de argumentação passa pelo insulto (cá está mais uma vez a demonstração de falta de inteligência). E depois de 5 horas incríveis e super interessantes nas urgências (meu Deus eu divirto-me com pouco) não demorei muito a sentir-me de consciência tranquila. Quem me conhece em 5 segundos acreditará em mim. Em 2 anos nunca fiz nada contra esta amostra de pessoa, e muitas vezes devia ter feito, era agora que ia armar-me em infantil e por likes em coisas ainda por cima não me dizem nada? Juízo. 

A parte triste? Que ele (de quem tanto gosto, e com que faço um esforço tão grande para confiar,e espaço, e ser a pessoa que ele precisa) tenha duvidado de mim. Ela pode dizer as coisas que quiser e tentar insultar-me com todos os nomes do Mundo, ... o veneno só mata quando o deixamos entrar! Agora ele.... Que está cá dentro... Foi como uma parte de mim própria se esfaqueasse. 

Ela teve o que queria, só não como esperava.




Mas PS: Eu não desisto. 

sábado, 10 de janeiro de 2015

Às raparigas que se humilham

É até estranho que esteja a escrever isto quando eu estou feliz, e de coração 'cheio', mas há coisas que eu não consigo deixar de passar.

Tenho uma amiga, e à parte de alguns problemas e desentendimentos que tive com ela, alguns inclusive que me deixaram de pé atrás, eu tenho um carinho por ela e custa-me imenso vê-la assim. 

O que estou a escrever, espero que sirva pelo menos a UMA rapariga que se humilha.

As mensagens que vocês enviam, de saudades, de amor, são ignoradas. São lidas, podem até ser respondidas, mas não sem um suspiro de "ela não pára". As vezes que vocês aparecem de 'surpresa', que por 'sorte' estão no mesmo sítio, não são vistas com bons olhos. Ninguém vê amor ou 'luta' nesses aparecimentos, mas sim alguém que não sabe dar espaço e respeitar a vontade do outro. Todas as 'public displays of affection' deixam em parte alguma raiva nele e vontade de vos 'bloquear' (das redes sociais... e da vida). Sabem qual é o significado de "obcecado"? (Perdoem-me o português e a falta, ou não, de acordos ortográficos) "Aquele que tem a inteligência obscurecida pelo desejo, que fará tudo por um objectivo seu e, que acredita ser verdadeiro ou que lhe dará prazer". Vocês são cegas. Doentes. Estão se a humilhar e é triste de ver. 

Mas.... A parte boa? Vocês são mais do que isto. São raparigas inteligentes, simpáticas e bonitas. Não vos tiro os defeitos. De certeza que têm imensos (Não temos todos?). Mas não há ninguém no Mundo que mereça que vocês se comportem desta maneira, e que baixem tanto o vosso nível. Vocês têm objectivos e sonhos, e está na altura de pegar nesses, que são tão vossos, e que deixem de reger a vossa vida por um 'rapaz' (Há tantos no Mundo e tão interessantes). Eu sei que custa, que gostam tanto dele, e que ele é espetacular e que vos fez feliz tantas vezes. E embora a vossa relação possa ter acabado, não significa que a vossa vida tenha também. 

Lutem sim, mas por vocês. Por favor.

Da amiga que odeia ver-vos assim.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

#Day 7 of 365

Não quero levar isto como se fosse um diário, mas gostava de voltar a ler tudo o que escrevi durante 2015, daqui a um ano, para fazer um balanço ainda mais completo... Gosto tanto de escrever, e ajuda-me tanto, mesmo quando não saem as frases mais bonitas ou as ideias mais concretas. É bom deitar "cá pra fora"!

 Hoje devia ter estudado. Muito.

 Mas não. Ele tirou-me da minha cama, fez-me um dos meus pratos preferidos (adoro 'comidas' com limão!), e acabamos por passar o dia na cama, a ver séries e entre abraços e beijinhos. Ri-me imenso.. Foi um dia feliz, mas.... A vir para casa comecei com as minhas bocas e os meus medos e salta-me tudo cá para fora, e a expressão de "língua afiada" passa a ser quase literal. Fica-me na cabeça, já sozinha, porque é que tenho tanta tendência a ser a pessoa que mais sabota a própria felicidade. Não houve um 'trigger', não houve uma atitude má. Será que sou eu má? Para mim própria, para os outros, e tanto para ele?...

 (Gosto muito de ti V., desculpa. Não que saibas que te peço desculpa, mas desculpa)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

# Day 1 of 365

365 dias. 1 ano.

O tempo voou... Foi a sensação com que fiquei com o passar de 2014. 
Olho para trás e foi um ano que foi uma autêntica montanha russa. Chorei mais que nunca. Não sei se fui mais feliz que nos outros anos, mas fui feliz. Ultrapassei obstáculos que nunca pensei, perdoei o imperdoável. Tentei esquecer à força algumas pessoas, momentos e ideias. Errado. Ainda bem que desisti de o fazer, porque foi só "dar importância" ao que não a tem. 
E por falar em desistir, tive muita vontade de o fazer. Mas às vezes aparecem pessoas que nos dão um sorriso e uma cor nova, e nós continuamos, um dia de cada vez. Acho que Dezembro foi um dos meses em que fui mais feliz. Sorri muito, senti-me muito amada, e amei de volta. 

Ainda não pensei muito a fundo nas minhas "resoluções de ano novo" mas é com isto que quero entrar em 2015. Com amor.

Muito amor.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

"Tô me sentindo muito sozinha"

"Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois. Eu fico ali sonhando acordada, juntando o antes, o agora e o depois..

Porque você me deixa tão solta?! Porque você não cola em mim??

Tô me sentindo muito sozinha...............

Não sou nem quero ser sua dona. É que um carinho as vezes cai bem. Eu tenho os meus desejos e planos secretos. Só abro pra você, mais ninguém..

Porque você se esquece e some? E se eu me interessar por alguém? E se ele, de repente me ganha?

(...)

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida.
Onde está você agora?..."

domingo, 20 de abril de 2014

E aí.....


E agora?...

Conheci muitas de todas as cores que tens. Desde as mais feias as mais bonitas. Aceitei-te tal como eras. Nunca te quis mudar, nunca te pedi mais do que quiseste dar.

Mas como nada dura para sempre... Tu mudaste. Eu não sei onde estás. Não sei onde está a pessoa que ia sair, ia as aulas as 8h, ia ao ginásio, tinha tempo para mandar quecas, andar de mota, jantar com não sei quem e ainda ir sair de novo. É um exemplo estúpido, eu sei.

Tu detestavas acordar ao meio dia (eu adoro!). Dizias que o dia já estava a meio e fazias-me lembrar da minha mãe. 

Nunca neguei tudo o que fazias por mim. Fossem coisas pequenas ou grandes. Fosse um chocolate quando estava resmungona com o período, uma boleia num dia de chuva, ou cuidar de mim quando tirei os cisos. As vezes que me arrancaste de casa, os sítios bonitos que me mostraste, e os beijos nas feridas que tenho no coração. Nunca mas nunca o neguei. Eu sei contá-las, eu sei reconhece-las, e acima de tudo nunca irei esquecê-las.

Mas de repente não consigo confiar em ti. E sempre que tento ir contra todos os meus instintos dás-me menos motivos ainda.

Todas as vezes que caíste, eu estive contigo. Para te ajudar a levantar, para te ouvir, para chorar contigo. Muitas vezes sentei-me no chão contigo. Mas agora parece que tu não te queres levantar.
Quanto tempo mais vamos ficar no chão?!

E depois de todas as maneiras carinhosas, depois de todas as abordagens suaves, tu dizes que eu te estou a atacar. Eu ofereço-te a minha ajuda, o meu tempo, ofereço-te o meu saber. Tu dizes que eu só te sei mandar a baixo....

Quando tudo o que eu quero é ver-te feliz. Se tu és mais feliz com palmadinhas nas costas, com o "normal", com o básico. Fico por aqui. Certamente não serei eu a impedir-te de seres feliz, e não vou ser eu a "mandar-te a baixo".

Vou "desaparecer" até me procurares. Até teres a certeza do que queres.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

"Today is the day"



Não sei exactamente porque decidi começar um blog. De novo. Depois dos milhares que já "tive". Desde blogs de 'amor' até blogs sobre peripécias quotidianas. 
A realidade é que encontrei sempre conforto nas palavras escritas. Escrever acalma-me. Muito! 
Deve ser como me consigo exprimir melhor. Quando falo, falo demasiado rápido e a minha cabeça está a pensar numa velocidade três vezes acima. Fico sempre com coisas por dizer, e o que digo ninguém entende. 

Ultimamente sinto-me sempre em conflito com o Mundo. Nunca fui uma pessoa dotada de muita paciência ou calma. A frieza abunda em mim mas não é de todo nos momentos certos. Tenho-me sentido de certa maneira incompreendida, mas também não tenho feito um esforço para me compreender. Escrever é uma maneira de nos conhecermos a nós próprios. Pelo menos para mim, é. Preciso de encontrar a minha paz, que me tem feito falta.

Este blog está PÚBLICO. Não tenho tenções de mudar isto, nunca. Se as pessoas de quem falo algum dia lerem isto, e por alguma maldade acharem que estão em vantagem sobre mim, por saberem o que penso, sinto, ou como me afectaram... Estão com azar. 

Não tenho vergonha dos meus sentimentos. Sou humana. Admiti-los é o primeiro passo para lidar com eles. Dar-lhes nomes, enfrenta-los, aprecia-los. Mas acima de tudo não deixar os meus próprios sentimentos me controlem (como tem feito).  Quero falar de ciúmes estúpidos, de ódios não fundamentados, de mesquinhices, dos meus amores, do quão chato é andar de transportes, posso até querer falar do vestido pelo qual estou apaixonada, ou de um sorriso que me deram. Não tenho uma linha para me guiar.

Quero conhecer todos os meus lados.