domingo, 20 de abril de 2014

E agora?...

Conheci muitas de todas as cores que tens. Desde as mais feias as mais bonitas. Aceitei-te tal como eras. Nunca te quis mudar, nunca te pedi mais do que quiseste dar.

Mas como nada dura para sempre... Tu mudaste. Eu não sei onde estás. Não sei onde está a pessoa que ia sair, ia as aulas as 8h, ia ao ginásio, tinha tempo para mandar quecas, andar de mota, jantar com não sei quem e ainda ir sair de novo. É um exemplo estúpido, eu sei.

Tu detestavas acordar ao meio dia (eu adoro!). Dizias que o dia já estava a meio e fazias-me lembrar da minha mãe. 

Nunca neguei tudo o que fazias por mim. Fossem coisas pequenas ou grandes. Fosse um chocolate quando estava resmungona com o período, uma boleia num dia de chuva, ou cuidar de mim quando tirei os cisos. As vezes que me arrancaste de casa, os sítios bonitos que me mostraste, e os beijos nas feridas que tenho no coração. Nunca mas nunca o neguei. Eu sei contá-las, eu sei reconhece-las, e acima de tudo nunca irei esquecê-las.

Mas de repente não consigo confiar em ti. E sempre que tento ir contra todos os meus instintos dás-me menos motivos ainda.

Todas as vezes que caíste, eu estive contigo. Para te ajudar a levantar, para te ouvir, para chorar contigo. Muitas vezes sentei-me no chão contigo. Mas agora parece que tu não te queres levantar.
Quanto tempo mais vamos ficar no chão?!

E depois de todas as maneiras carinhosas, depois de todas as abordagens suaves, tu dizes que eu te estou a atacar. Eu ofereço-te a minha ajuda, o meu tempo, ofereço-te o meu saber. Tu dizes que eu só te sei mandar a baixo....

Quando tudo o que eu quero é ver-te feliz. Se tu és mais feliz com palmadinhas nas costas, com o "normal", com o básico. Fico por aqui. Certamente não serei eu a impedir-te de seres feliz, e não vou ser eu a "mandar-te a baixo".

Vou "desaparecer" até me procurares. Até teres a certeza do que queres.

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